A liderança situacional é uma das estratégias que mais se adotam nas empresas nos dias de hoje. Um dos principais assuntos abordados nas empresas são as estratégias que podem ser adotadas em situações de crise e do cenário delicado do mercado. Diante de um período de desafios, a figura do líder é um dos principais pilares organizacionais, uma vez que ele possui a missão de manter o engajamento e a produtividade dos demais colaboradores em alta, contribuindo, assim, para o alcance de resultados satisfatórios para a empresa.
Manter uma consistência nas atividades desempenhadas na organização, mesmo diante de um cenário delicado, é parte fundamental do trabalho de um gestor. Cada estilo de liderança tem suas características e particularidades. Dentre as mais comuns, destacam-se a liderança democrática, a autocrática, a transacional, a carismática e a situacional. A liderança situacional, no caso, é a que mais se destaca frente a um cenário de crise, já que se trata da habilidade de administrar mudanças, crises, conflitos e situações de dificuldade de forma geral.
Cada estilo de liderança tem características próprias, porém, o modelo situacional não tem um método fixo. Nela, o líder deve agir de acordo com a situação.
Sabemos que o conceito de liderança situacional pode gerar um pouco de confusão para muitos gestores e, por isso, a mywork desenvolveu esse artigo com tudo que você precisa saber sobre o assunto! Vamos lá?
Embora não seja um conceito novo, a liderança situacional se adapta ao cenário atual e ao futuro da área de recursos humanos. Trata-se da capacidade do líder de adaptar-se aos mais diversos acontecimentos e situações internas e externas da empresa, conduzindo todos da equipe para que o negócio atinja resultados positivos.
O conceito de liderança situacional foi aplicado pela primeira vez em 1969 por Blanchard e Hersey, profissionais autores do livro “Management of Organizational Behaviour – Utilizing Human Resources”. Esse tipo de liderança, no início, era denominado como “Teoria do Ciclo de Vida da Liderança” e os autores defendiam a ideia de que não existe apenas um estilo de liderança.
A liderança, ao contrário do que se imaginava até então, era definida de acordo com vários fatores, como: as características do líder, as habilidades de seus subordinados e pelo contexto no qual a empresa estava inserido.
Em 1980, Ken Blanchard lançou uma nova obra sobre liderança, chamada “The New One Minute Manager”, no qual o autor defendia que o melhor estilo de liderança era aquele em que os colaboradores passavam por uma etapa de desenvolvimento, ou seja, aquele em que o líder, de acordo com a situação, promovia o desenvolvimento constante de seus subordinados.
Sendo assim, a liderança situacional consiste em moldar a liderança de acordo com o nível de maturidade dos colaboradores e as situações e desafios que aparecem no dia a dia de trabalho e dos negócios. Em outras palavras, a liderança situacional é aquela em que o líder modifica sua maneira de conduzir a equipe ao invés dos colaboradores terem que se adequarem ao estilo de liderança que recebem. Isso ajuda também na valorização do capital humano da empresa.
Para aplicar a liderança situacional ao dia a dia da empresa, no entanto, é necessário conhecer o perfil de cada colaborador para identificar em qual nível de maturidade eles se encontram, para que a adaptação entre o líder e a equipe seja feita de maneira adequada e equilibrada.
De forma geral, a liderança situacional é a solução para organizações que desejam:
Um líder situacional se adapta ao ambiente de trabalho e às necessidades que existem na organização, adotando um perfil flexível e conciliador. Esse tipo de liderança não se baseia em uma habilidade específica do líder e sim no resultado de um combo de experiências, comportamentos, habilidades e práticas.
O líder modifica seu estilo de gestão para se adaptar aos requisitos da empresa e do mercado, o que faz a característica mais crucial de um líder situacional ser a adaptabilidade.
Outra característica fundamental da liderança situacional é o poder de entender e influenciar colaboradores e engaja-los com os propósitos e objetivos da empresa. A liderança situacional percebe as características e o momento pelo qual o colaborador passa com o objetivo de estabelecer uma estratégia de gestão de acordo com os diferentes perfis, níveis de capacidade e maturidade e cargos.
Os autores Blanchard e Hersey sugeriram que existem 4 tipos de liderança, como mencionamos anteriormente. Tais estilos se relacionam com o nível de maturidade dos colaboradores da empresa e, por isso, é importante que os gestores estejam atentos para qual é o nível de maturidade de seus subordinados antes de estabelecer o melhor tipo de liderança a ser exercido em cada situação. Os 4 tipos de liderança são:
1- Comando: nesse tipo de liderança, o líder toma a decisão e informa os demais a respeito desta. Esse estilo de liderança pode ser chamado, também, de microgestão, uma vez que o líder supervisiona de perto os colaboradores e membros de sua equipe. Essa abordagem é mais rígida e as equipes fazem exatamente o que lhes é solicitado. O líder, nesse caso, não apenas direciona o que deve ser feito, mas como cada tarefa deve ser feita.
2- Orientação: aqui, o líder ainda está muito envolvido nas atividades de produção e as decisões ainda estão com ele. Apesar disso, os rumos que serão tomados são apresentados e discutidos com vários membros da equipe antes que a decisão seja tomada, ou seja, todos têm a chance de ouvir e expressar suas opiniões. Esse estilo de liderança funciona bem com colaboradores que têm pouca experiência, mas muita vontade de aprender.
3- Apoio: nesse estilo de liderança situacional, o líder passa mais responsabilidades para seus vendedores e ainda fornece alguma direção. No entanto, as decisões são da equipe. O líder transmite poucas orientações aos subordinados e convida os membros da equipe a tomarem as decisões. Ele está ali para fornecer feedbacks, avaliar o desempenho e aumentar a confiança e motivação da equipe, oferecendo instruções e elogios em relação às tarefas realizadas.
4- Delegação: é o estilo de liderança situacional em que o líder está menos envolvido com os colaboradores e com a tomada de decisões, o que torna os liderados responsáveis pela maior parte dos projetos. Além disso, os subordinados são responsáveis por escolher as tarefas e as instruções que vão seguir, realizando suas atividades sem grande necessidade de supervisão.
A escolha e desenvolvimento de da liderança ideal depende muito do nível de maturidade, conhecimento e competências dos demais colaboradores. Existem 4 níveis diferentes de maturidade:
Assim, é possível estabelecer uma relação entre os níveis de maturidade dos colaboradores e os tipos de liderança situacional mais adequados e previamente discutidos:
A liderança situacional pode não funcionar tão bem em todas as circunstâncias de negócios. É importante que os líderes e gestores tomem tempo para analisar a situação na qual a empresa se encontra para descobrirem se a flexibilidade de liderança é a melhor solução para o crescimento da organização.
Reunimos aqui algumas das principais vantagens da liderança situacional para ajudar nessa análise:
Competências do líder para estabelecer a liderança situacional
O líder deve ter algumas competências específicas que lhe ajudarão a desenvolver todo o trabalho de liderança junto às equipes.