Controle de ponto de funcionários é algo exigido por lei desde 1943, quando o presidente Getúlio Vargas criou as primeiras regras para regulamentar o trabalho: a famosa CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A ideia era que os patrões e funcionários controlassem exatamente as horas trabalhadas, de forma a se evitar abusos aos trabalhadores e de garantir o recebimento de benefícios trabalhistas, como horas extras e aposentadoria.
Naquela época, naturalmente, não havia grandes tecnologias para se fazer esse controle de ponto de funcionários. O controle era frequentemente feito com cartões de ponto, que hoje são raramente vistos nas empresas.
Hoje em dia já há diversas maneiras de se fazer esse controle de ponto de funcionários de uma maneira extremamente eficiente e barata para o empregador.
Neste artigo vamos mostrar as 4 maneiras existentes de se fazer o controle de ponto de funcionários na sua empresa para que você possa tomar a melhor decisão com base nas funcionalidades, preço e experiências de cada uma das soluções.
O cartão de ponto é talvez o jeito mais antigo de se controlar os pontos de funcionários. Para aqueles que tem mais de 40 anos, é bem possível que tenham utilizado esses cartões de ponto no começo da carreira. Eles podem ser preenchidos manualmente ou através de uma mini impressora que registra a hora de entrada e saída do colaborador. Apesar de serem uma solução relativamente simples de ser implementada, o cartão de ponto para fazer o controle de ponto de funcionários tem caído em desuso pois gera diversas dificuldades.
Como o cartão é de papel, rasuras ou até mesmo tentativas de fraudes são mais fáceis de acontecerem que no caso de um registro eletrônico. Perder o cartão também acaba sendo uma dor de cabeça para empresa e para funcionário que não consegue demonstrar as horas efetivamente trabalhadas da forma apropriada.
Além disso, uma empresa que possui centenas ou milhares de funcionários teria que ter vários arquivos físicos para armazenar cada um dos cartões por décadas (!), já que eles são necessários para alguns cálculos de aposentadoria. E ela também precisaria frequentemente adquirir ou imprimir mais cartões a medida que estes vão sendo utilizados.
For isso, há a necessidade de se haver uma pessoa (frequentemente um contador) ou um departamento financeiro para consolidar essas informações “analógicas” do ponto dos funcionários para mandar para a contabilidade, um processo que pode demorar várias horas e dá margem para diversos erros.
Por essas e outras razões, fazer o controle de ponto dos funcionários por cartões de ponto acabou caindo em desuso.
Uma evolução no método de controle de ponto de funcionários foi o controle de ponto por biometria. Surgido mais ou menos nos anos 2000, o controle de ponto biométrico agilizou e deu mais segurança ao processo de fazer a gestão do ponto dos funcionários. As empresas, em geral, adquirem uma máquina de controle de ponto que passa as informações do horário de entrada e saída dos funcionários para um sistema, de onde podem ser exportados relatórios.
Algumas delas podem também imprimir também um comprovante em papel no momento da marcação de ponto (o que fazia parte da legislação até 2011). Apesar de ser utilizado em larga escala, esse sistema de controle de ponto de funcionários tem a desvantagem de ter um custo inicial muito caro devido a necessidade de aquisição do relógio de ponto biométrico, que pode chegar a até R$2.000 por unidade.
Eles também precisam frequentemente de auferimento para garantir que o horário mostrado está correto e também de um sistema paralelo para tratamento do ponto (caso alguém tenha batido o ponto errado, por exemplo) tipicamente cobrado à parte.
Além disso, ele não funciona para empresas que têm colaboradores externos (motoristas, por exemplo).
Uma nova tendência de controle de ponto de funcionários que surgiu nos últimos anos é o controle de ponto online. Nestes casos, os colaboradores devem logar em um sistema em seus computadores e dar entrada ou saída no recinto. Alguns desses sistemas vem com alguns mecanismos para verificar a validade do ponto como o IP da rede onde o ponto foi marcado. Outros também emitem alertas automáticos para os gestores e os colaboradores caso tenham esquecido de bater o ponto ou o tenham feito em algum horário não usual.
A grande maioria também inclui um sistema para cálculo de banco de horas e outros relatórios que ajudam as empresas a controlar melhor esse item. Em alguns casos, é possível também dar acesso ao contador aos pontos marcados, de forma a minimizar a troca de mensagens e acelerar a folha de pagamento.
Por último, também se economiza com o hardware caro. Contudo, esses sistemas ainda podem não ser o ideal para empresas cujos funcionários não dispõem de um computador a disposição, apesar de o ponto poder ser batido no próprio celular também.
O preço desses sistemas costuma variar de R$6 a até R$20 por funcionário por mês dependendo da empresa contratada.
A grande novidade no processo de controle de ponto hoje em dia são os aplicativos de controle de ponto de funcionários. O gestor do Departamento Pessoal pode dar autorização para que os funcionários baixem um aplicativo e registrem suas entradas e saídas diretamente no seu celular. Estes sistemas ainda contam com geolocalização e reconhecimento facial para garantir que a pessoa correta esteja no local determinado ao se bater o ponto.
Todas essas informações ficam armazenadas na nuvem e já estão integradas com a gestão do banco de horas e relatórios da contabilidade. A portaria 671 do Ministério do Trabalho deu segurança jurídica para as empresas que quisessem utilizar esse sistema mais moderno de se fazer a gestão de pontos dos funcionários.
Contudo, ele exige que os funcionários instalem um aplicativo no próprio celular, o que nem todos podem apreciar. Dependendo do caso, a sua empresa pode preferir um ou outros mecanismos para fazer o controle de ponto de funcionários.
Vai da análise do gestor de DP qual solução é mais adequada às necessidades. Se você gostou do conteúdo e quer receber mais artigos deste tipo no seu e-mail, se cadastre na nossa newsletter.
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